quarta-feira, 29 de setembro de 2010






As vezes me sinto sozinha



Uma tristeza me invade, meu coração chora e não sei o que fazer pra sair disso, o engraçado é que não estou sozinha, ao menos não fisicamente. Algumas pessoas que me cercam fazem coisas  que me entristecem, palavras, gestos, olhares, reprovando minhas atitudes, minhas palavras e sentimentos. Não posso sentir, não posso dizer, não posso fazer nada que não seja o que eles querem. Não posso reclamar, brigar, lamentar, chorar, revidar, rebelar, tenho que fazer tudo conforme eles dizem. Pseudos-carinhos, pseudo-atenção, pseudo-compreensão. Isso quando dizem que compreendem, geralmente criticam severamente quando sinto o que não me foi ordenado. Tenho que ser forte e fazer o que não quero, sem reclamar, não devo ter desejos que não venham deles, e devo me sentir grata. Diante disso após ter tentado varias vezes mudar a situação, me calo, choro escondida, não sou forte, não tenho força para ser assim, atrás desse sorriso existe um coração que sente. Apenas em dois lugares tenho liberdade, carinho e compreensão: nos meus pensamentos e nos meus sonhos. Lá saio de mim, vou para lugares onde me sinto amada, capaz, feliz. Dentro de mim  existe uma mulher que grita, espernea tenta externar os pensamentos, mas o medo de ser retaliada, a lembrança das duras críticas me fazem calar e fico assim, sozinha com meus pensamentos em meio a uma multidão. "Nessas horas que me lembro que o sofrimento é um megafone".

3 comentários:

  1. uma parte parece com meu ultimo texto
    quando se fala de sonho e liberdade *-*
    gostei muito

    ResponderExcluir
  2. Nossaaa!!! Que explosão Nelma...
    Durkheim o nome do safado que inventou esse negócio de coerção social sobre os indivíduos e legitimou as tais forças coercitivas (religião, família, direito), rsrsrsrs... Brincadeiras à parte, sua explosão expressa a tensão vivida por todos nós ao tentar viver a nossa subjetividade diante das formas padronizadas de pensamento e comportamentos impostas pelo corpo social.
    Oscar Wilde concordaria com você: "A Moral não me ajuda. Sou antagônico nato. Sou uma daquelas pessoas que são feitas para exceções, não para regras"

    ResponderExcluir